Faduma vagueia com sua cesta através das multidões pelas manhãs no bairro Somali em Kampala. Todos os dias, ela se levanta antes do nascer do sol para preparar anjero, o pão tradicional que os Somalis comem no café da manhã. Ela sustenta os três filhos com a venda de pães. Há cinco anos ela vive em “Pequeno Mogadíscio”, um bairro de lata em Kampala. A maioria dos somalis que fugiram da guerra civil na Somália e vieram para Uganda, estão aqui. Faduma é uma mãe solteira. Ela quase não tem educação formal, não fala inglês, que é a língua oficial em Uganda, e não consegue encontrar nenhum trabalho.

Estima-se que 12% dos 1,7 milhões de habitantes de Kampala são muçulmanos. Alguns pertencem a grupos étnicos nativos muçulmanos ou vieram do mundo árabe e se estabeleceram como empresários de sucesso. Em uma parte bem diferente da cidade vivem cerca de 20 mil refugiados somalis, que se estabeleceram principalmente no “Pequeno Mogadíscio”. Sem formação escolar ou profissional, eles têm poucas oportunidades de melhorar suas vidas e muitas vezes são temidos e evitados pelos cidadãos locais.

Uma equipe de cristãos ugandenses começou a responder à difícil situação dos muçulmanos na parte somali da cidade. Eles querem ajudar os jovens somalis em particular, oferecendo aulas de inglês, cursos de informática ou treinamento em futebol. Ao mesmo tempo, eles estão tentando construir uma ponte entre os cristãos ugandenses e os somalis, que são quase inteiramente muçulmanos. Eles encorajam e treinam os cristãos a se envolver com o povo dos bairros somalis, orando por eles e compartilhando o amor de Jesus.